O agronegócio é um dos pilares da economia brasileira, responsável por gerar empregos, impulsionar exportações e abastecer o mercado interno.
No entanto, a complexidade tributária e as constantes mudanças na legislação exigem atenção redobrada das empresas do setor.
Manter a regularização fiscal no agronegócio não é apenas uma exigência legal, mas também um fator determinante para garantir acesso a crédito, participar de programas de incentivo e evitar sanções que possam comprometer a operação.
Neste artigo, vamos explorar os principais desafios, obrigações e estratégias para que empresas rurais se mantenham em conformidade, aproveitando oportunidades e minimizando riscos.
O que significa regularização fiscal no agronegócio e por que importa hoje?
A regularização fiscal no agronegócio representa a conformidade das empresas rurais com suas obrigações tributárias e documentais. O setor vem recebendo atenção porque:
- Em 2025, a renúncia fiscal do agronegócio foi estimada em R$ 158 bilhões por ano — valor significativo e ainda controverso, já que boa parte beneficia intermediários, não diretamente os produtores.
- A transição para o novo sistema tributário (IBS e CBS) vai encerrar regimes de crédito em PIS, Cofins, ICMS, IPI e ISS, exigindo preparo antecipado.
- Há oportunidades de recuperação de créditos tributários dos cinco anos anteriores — possibilidade recomendada pelo IBPT para gestores do agro.
- A Receita Federal lançou editais de Transação Tributária em julho de 2025, oferecendo descontos de até 70 % e parcelamentos em até 145 meses — adesão até 31 de outubro.
Portanto, promover a regularização fiscal no agronegócio hoje é essencial para garantir estabilidade, crédito e competitividade no setor.
Desafios enfrentados pelo setor rural

1. Regime fiscal complexo e instável
O agronegócio lida com múltiplos tributos (IRPJ, CSLL, PIS/Cofins, ICMS, Funrural etc.), variando conforme atividade, porte e região.
2. Benefícios fiscais concentrados em intermediários
Apesar da renúncia fiscal elevada, estudos apontam que entre 60 % e 70 % dos benefícios vão para o sistema financeiro ou detentores de títulos, não chegando diretamente ao produtor.
3. Insegurança jurídica e frágil documentação
Muitas propriedades ainda não possuem o CAR ajustado, georreferenciamento adequado ou registro formal. Isso dificulta o acesso a crédito ou participação em programas públicos.
4. Nova reforma tributária (IBS e CBS)
A chegada do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) exige nova mentalidade estratégica; adaptação tecnológica e contábil será fundamental.
Etapas para garantir a regularização fiscal no agronegócio
1. Diagnóstico tributário completo
- Analise tributos atuais, créditos acumulados e regimes fiscais em uso.
- Considere recuperar créditos de PIS, Cofins e ICMS dos últimos cinco anos — recomendação do IBPT.
2. Aderir às condições especiais de Transação Tributária
Edital | Público-alvo | Benefícios | Prazo de adesão |
04/2025 | Pequenos produtores, MEIs | Até 50 % de desconto; até 55 meses | Até 31 de outubro |
05/2025 | Estruturas maiores (PJ) | Até 70 % de desconto; até 145 meses; permitir uso de prejuízos fiscais | Até 31 de outubro |
3. Aprimorar a documentação da propriedade rural
- Regularizar o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para acesso a incentivos e crédito.
- Georreferenciamento: essencial em transações ou atualizações de registro.
- Registro formal no cartório de imóveis: obrigatório para financiamento e segurança jurídica.
4. Preparar-se para o IBS/CBS
- Atualizar sistemas contábeis e capacitar equipes para novas lógicas fiscais.
- Mapear impactos financeiros e definir estratégias tributárias adaptadas à nova realidade.
5. Desenvolvimento de governança fiscal contínua
- Monitorar os benefícios fiscais disponíveis e mudanças em legislação.
- Contar com apoio jurídico e contábil especializado para lidar com autuações ou processos fiscais.
Panorama atual: contexto que torna a regularização fiscal no agronegócio ainda mais relevante
- Renúncia fiscal elevada: R$ 158 bi anuais, apontando fragilidade no alcance dos benefícios.
- Reforma tributária iminente: substituição de regimes fiscais por IBS e CBS exige antecipação.
- Oportunidades ativas de negociação: Transação Tributária com condições facilitadas disponíveis até outubro de 2025.
- Desafios documentais significativos: muitos produtores ainda precisam formalizar CAR, registro e georreferenciamento.
Preparando o campo para um futuro seguro
A conjunção de um cenário fiscal em transformação, oportunidades de negociação tributária e urgência em adequação documental reforça a necessidade de investir na regularização fiscal no agronegócio de forma proativa. O que antes era um diferencial passou a ser requisito de sobrevivência e vantagem competitiva.
Se você busca colocar sua empresa do agronegócio em dia com o fisco — aproveitando os editais especiais de Transação Tributária, recuperando créditos tributários e se preparando para o novo regime com o IBS — conheça as soluções da LSC.
Clique aqui para orientação especializada que transforma conformidade e estratégia em resultados reais.
Comentários