Regras do Simples Nacional para clínicas médicas: como se manter dentro das normas?

O Simples Nacional para clínicas médicas é um regime tributário que pode proporcionar economia e simplificação fiscal para estabelecimentos de saúde. 

No entanto, existem diversas regras que devem ser seguidas para garantir a conformidade e evitar problemas com a Receita Federal. 

Neste artigo, abordaremos as principais normas e o que é necessário para se manter regularizado dentro desse regime.

O que é o Simples Nacional e como ele se aplica às clínicas médicas?

O Simples Nacional é um regime de tributação criado para simplificar o pagamento de impostos para micro e pequenas empresas. 

As clínicas médicas podem optar por esse regime, desde que cumpram alguns requisitos específicos, como:

  • Ter um faturamento anual de até R$ 4,8 milhões;
  • Estar enquadrada nas atividades permitidas pelo Simples Nacional;
  • Não possuir irregularidades fiscais que impeçam a adesão.

Quais atividades médicas podem aderir ao Simples Nacional?

Nem todas as atividades relacionadas à área da saúde podem aderir ao Simples Nacional. 

Para clínicas médicas, é essencial verificar se a empresa está enquadrada no CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) adequado. 

Algumas atividades permitidas incluem:

  • Clínicas gerais e especializadas;
  • Laboratórios de análises clínicas;
  • Serviços de fisioterapia e odontologia.

Outras atividades médicas podem precisar recorrer a outros regimes tributários, como o Lucro Presumido.

Análise dos anexos do Simples Nacional

O Simples Nacional para clínicas médicas pode se enquadrar em dois anexos distintos:

  • Anexo III: Alíquotas iniciais mais baixas (partindo de 6%) e aplicável a algumas atividades que envolvem prestação de serviços.
  • Anexo V: Possui alíquotas mais altas (partindo de 15,5%) e é aplicado quando a empresa não atende ao fator R.

O fator R é um cálculo que compara a folha de pagamento da empresa com a receita bruta. 

Se a folha representar pelo menos 28% do faturamento, a clínica pode se beneficiar do Anexo III e pagar menos impostos.

Benefícios do Simples Nacional para clínicas médicas

Ao aderir ao Simples Nacional para clínicas médicas, os principais benefícios incluem:

  • Redução na carga tributária, especialmente para empresas que conseguem se enquadrar no Anexo III;
  • Pagamento unificado de diversos impostos (IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, ISS e INSS Patronal);
  • Menos burocracia e obrigações acessórias, facilitando a gestão fiscal.

Regras para manter a regularidade no Simples Nacional

Para evitar problemas fiscais e continuar usufruindo dos benefícios do regime, é essencial seguir algumas regras, como:

Cumprir os limites de faturamento

A clínica deve monitorar sua receita para não ultrapassar o teto de R$ 4,8 milhões anuais. 

Caso o limite seja excedido, a empresa pode ser excluída do regime e precisar migrar para o Lucro Presumido.

Realizar o pagamento correto do DAS

O Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) deve ser pago mensalmente. O atraso pode gerar multas e juros, além do risco de exclusão do regime.

Manter a regularidade fiscal

Débitos pendentes com a Receita Federal ou com prefeituras podem impedir a continuidade no Simples Nacional. Manter todas as obrigações em dia é fundamental.

Emitir notas fiscais corretamente

A emissão de notas fiscais deve seguir as normas municipais e estaduais. Além disso, a clínica precisa garantir que todas as receitas sejam devidamente registradas.

Atender às obrigações acessórias

Mesmo com a simplificação do Simples Nacional, algumas obrigações acessórias precisam ser cumpridas, como a Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-SIMEI) e a Escrituração Fiscal Digital (EFD).

Leia também: Tributação para Clínicas e Profissionais da Saúde em Ribeirão Preto: Como Reduzir Custos e Evitar Erros

Quando vale a pena optar pelo Simples Nacional?

Para saber se o Simples Nacional para clínicas médicas é vantajoso, é necessário comparar a tributação com outros regimes, como o Lucro Presumido. 

Se a clínica possui uma folha de pagamento elevada e pode se beneficiar do Anexo III, a economia tributária tende a ser maior.

Caso a clínica tenha despesas trabalhistas reduzidas e altos lucros, pode ser mais interessante avaliar outras opções.

Como evitar a exclusão do Simples Nacional

A exclusão do Simples Nacional pode ocorrer por diversos motivos, como:

  • Atraso no pagamento de impostos;
  • Descumprimento de obrigações fiscais;
  • Excesso de faturamento;
  • Inclusão de atividades não permitidas no regime.

Para evitar a exclusão, é recomendável contar com um contador especializado, que possa acompanhar a regularidade da clínica e garantir que todas as normas sejam seguidas.

Saiba também: Perdi o prazo para adesão ao Simples Nacional, o que fazer?

Conclusão

O Simples Nacional para clínicas médicas pode ser uma excelente opção para reduzir tributos e simplificar a gestão financeira. 

No entanto, é essencial acompanhar as regras, garantir a regularidade fiscal e avaliar constantemente se o regime continua sendo vantajoso para o seu negócio. 

Com planejamento e organização, sua clínica pode aproveitar ao máximo os benefícios oferecidos pelo Simples Nacional.

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